sexta-feira, 11 de março de 2011

Frágil, não fraco


Por tanto tempo deixei a razão falar por mim, que não sabia que o coração também tinha fôlego. Sim, ele tem, e grita dentro de mim. Já o ignorei demais, mas agora irei ouvi-lo. Ele é tão frágil! Será que se eu te entregasse, você o amaria com todas as feridas que ele carrega? Mesmo que agora ele esteja um pouco deformado, ele é belo, isso posso garantir a você. Eu disse que ele é frágil, não fraco. E embora eu tenha visto pessoas utilizarem essas palavras como sinônimos, compreendi que é um erro terrível. Frágil é aquilo que se quebra fácil, como um enfeite da mais delicada porcelana, mas mesmo assim, é belo. O fraco já é quebrado, corrompido. Se você enxergar o meu amor como fraqueza, devo dizer que você é o único corrompido por aqui. Pois eu ouvi meu coração, mas não posso tirá-lo do pequeno baú onde o guardei. Não sozinha.

Bloodstained Alice

terça-feira, 8 de março de 2011

Seguir em frente... Com ou sem você

Chegou a hora. A brincadeira acabou. E estou com bem mais do que um joelho esfolado. Tenho que decidir se sou uma criança mimada ou a mulher corajosa que acredito ser. É deixar o orgulho para o lado, olhar em seus olhos e dizer o que sinto. Isso mesmo: olho no olho. Nada de celular. Estou tirando a minha máscara e quero ver a sua cair. É. Saberei se você quer a mulher ou continuar brincando com a garotinha. Mas a criança se machucou e está indo embora cuidar de suas feridas. Não posso continuar caminhando sem sair do lugar. Ou você pega a mão da mulher e segue em frente, ou a criança te jogará barranco abaixo.

Bloodstained Alice