terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Doce Veneno do Escorpião - O Diário de Uma Garota de Programa - Bruna Surfistinha


Peguei o livro emprestado com a filha de minha cabeleireira. Na verdade, ela está começando a se interessar por leitura agora, e então resolvemos fazer uma troca de livros, e uma coisa que eu não faço, é negar o empréstimo de um livro. 

Eu não tinha palavras para negar, afinal, tenho um sério problema para lidar com as idéias de uma ‘prostituta’. Ainda mais da Bruna Surfistinha, que em minha opinião, acabou com uma família. Problemas conjugais ou não, isso não justifica o fato de uma mulher sair com um homem casado, embora nesses casos o homem é quem vai atrás do ‘serviço’.

Digamos que de certo modo, o livro me agradou. Mudou um pouco a minha opinião sobre jogar a culpa em uma mulher que se dedica à ‘vida fácil’, pois não haveriam tantas se não houvesse clientela, não é mesmo?

AHHHH' acho que uma das coisas que me desagradou no livro foi o vocabulário. Mas considerando o conteúdo, não haveria muitos substituições mais 'formais'...

O livro é dividido em três partes:

Raquel, A Menina; Bruna, A Mulher

Nessa parte, Bruna descreve a sua adolescência, quando ainda era Raquel, ou seja, antes de fazer programas. Frequentava festas, e mesmo ‘gordinha’, como ela mesma se descreve, chamava atenção. Após seu primeiro beijo, quando ficava com garotos nas festas, aliciava-os, mesmo inexperiente, já provocava os garotos sexualmente.
Passando por uma fase de bulimia e uma admiração por dinheiro, começou a ter problemas familiares. Estes por fim resultaram em sua decisão de fugir de casa.
Com apenas seis relações sexuais na bagagem, e 17 anos, entra no mundo do sexo. A Raquel agora se torna Bruna, e mais para frente, em um dos seus programas, adquire 'Surfistinha'

Diário de Uma Garota de Programa

Eis a Bruna. Nessa parte ela fala sobre a vida profissional, embora haja um pouco da parte pessoal, pois ela explica sobre amigos, namorados e relacionamentos fora dos programas. Estatísticas sobre os homens que a procuram e também algumas classificações do "tipo" deles!
Essa parte não me surpreendeu tanto quanto a "Raquel". Aqui ela é mesmo uma garota de programa, então é compreensível algumas fantasias sexuais que ela realiza. Algumas são um tanto absurdas, mas quem sou eu para falar, né? G_G
Uma parte que me surpreendeu bastante foi uma pequena estatística feita por ela: 70% dos homens que a procuram são homens casados, 20% solteiros e 10% em algum tipo de compromisso!
Já não sou muito otimista em relacionamentos, depois de saber disso então...

O Diário Proibido de Bruna Surfistinha

Hesitei um pouco antes de ler essa parte. A Palavra "proibido" já me deu uma breve introdução do que viria pela frente, e não me enganei.

As páginas são pretas, mais um breve aviso que eu não tinha lido nada que fosse me surpreender tanto quanto essas últimas páginas.

Programas um pouco mais ousados, e ainda mais: uma pequena aula de "sexo"!
Eu fiquei CHOCADA com algumas coisas. Mas se está na chuva, é para se molhar, certo? (frase muito usada pela Bruna, diga-se de passagem)

A pergunta que eu fiz a todo mundo que falei sobre o livro: Você sabe o que é chuva negra?
Bom, se você não sabe, vou explicar chuva dourada: xixi durante o sexo. Será que ainda preciso responder o questionamento que fiz, ou já está bem claro o que é chuva negra? u_ú
(é totz, tá? G_G)

Bom, falar mais do que isso, acaba com toda a graça do livro. Mas não vale a pena julgar pela autora, acredite. Embora não seja um dos melhores no quesito vocabulário, achei a temática interessante, uma realidade de sexo, traição e prazer.

Estranho falar sobre esse livro G_G

"Choramos ao nascer porque chegamos a esse cenário de dementes" - Willian Shakespeare



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Passado, Lembranças e Tempo...

“Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela." - Carlos Drummond de Andrade

Alguns dias atrás eu estava cansada de ler, estudar ou copiar os trechos de músicas e livros para um novo caderno. Mas aproveitando-se da caneta em mãos e a folha em branco, comecei a escrever. Nos primeiros momentos, tentando colocar palavras bonitas no papel, risquei cada palavra que escrevia. Virei a página e usei outra folha em branco. Em questão de minutos as palavras foram preenchendo a folha uma a uma, até eu usar a folha inteira. Não foram palavras bonitas, mas fluíram tão naturalmente que não pude rasgar a folha. Claro, após escrever, eu fui fazendo uma correção, o que resultou em uma versão bem menor do que a original.

“Em algum momento, nós paramos para avaliar a nossa vida. Cada passo dado até o presente, avaliando a conseqüência de nossas escolhas.

Há aquele desejo de reviver um momento ou que o mundo parasse para que ficássemos presos na perfeição daquele espaço de tempo, com aquele alguém que perdemos, mas que nos fez tão bem.

Mas não temos o controle de voltar ou congelar o tempo. O mundo é cruel demais para que um poder como esse seja colocado em nossas mãos. Ficaríamos limitados a algo do passado, tentando consertar os erros ou simplesmente não sair daquele lugar seguro, sabendo exatamente como as coisas ficarão sob controle. Não cresceríamos, não iríamos amadurecer ou ter vontade de seguir em frente.

Não nos damos conta que outros momentos perfeitos surgirão. Tão perfeitos, que podem se comparar ou superar aquele ao qual nos prendemos. Ficar cativo ao passado é opcional, afinal, até encontrar outro bom momento, estaremos sujeitos à perdas e desilusões.
Mas e aquele alguém que perdemos? Não seria egoísmo prendê-lo conosco se ele estiver bem agora? Ele pode querer estar com outra pessoa e não conosco.”


Meus momentos de ócio não são tão inúteis assim, afinal.
Resolvi postar pelo menos isso, já que não sei quando vou continuar os rascunhos do blog ‘-‘

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Leitura: questão de gosto ou condição social?

Eu estive pensando sobre leitura. Todos condenam veementemente a tecnologia, e defendem o hábito da leitura nos adolescentes.

Não estou dizendo que os adolescentes podem usufruir como bem entendem da internet, mas de certa forma, é bem mais atraente do que um livro.
Esses dias eu estava pesquisando um livro para ler, e encontrei. Mas não o comprei. Por quê?
O PREÇO.

Gosto de ler, mas creio que alguns livros são muito caros para que todos tenham acesso. A culpa não é apenas do brasileiro, os preços de alguns livros colaboram para tanto desinteresse na leitura.

Livros de autores como Stephen King, Anne Rice, Nora Roberts e outros autores que não me recordo agora, são caros para serem adquiridos regularmente.
Custam a partir de R$40,00, e alguns pais, como os meus, não entendem como um monte de folhas valem tanto.

Diferentemente do que muitos imaginam, meus pais ao invés de me estimular para a leitura, querem que eu pare de ler. Estranho, não? Mas é assim que são as coisas por aqui. O dinheiro que eu ganho por mês, a maior parte se vai com livros. E meus pais acham isso ruim. Às vezes não entendo o que os adultos esperam de nós '-'

Voltando a discussão: Antes que alguém possa ler algo 'inteligente', a pessoa tem que ter o hábito da leitura. às vezes, esse 'algo inteligente' que eu digo, é aquela leitura obrigatória, porém chata '-'

Para ter o hábito da leitura, e interpretar até mesmo aquele livro chato, é necessário você GOSTAR de ler. Só se adquire esse gosto se algo o estimula. E nada como um bom livro, não?

E se os livros bons são caros? A culpa é nossa, ou também do Governo, que não disponibiliza todos os gêneros de livros nas bibliotecas? Em algumas cidades biblioteca é algo inexistente.

Então, porque reclamar quando o computador se torna cada vez mais essencial, se é mais barato passar uma hora na lan house do que comprar um livro?

Adoro ler, mas tenho que admitir: não é porque ninguém se interessa, mas porque ler custa caro.

claro, mas não se pode jogar toda a culpa no preço, não? Há livros bons de preço baixo. No meu município, minha irmã ganhou dois livros, que por incrível que pareça, são bons. Embora sejam livros de infanto-juvenil, alguns são muito bons. Um exemplo desse tipo de livro é Vida de Droga. Li quando estava na 7ª série, e ainda consigo gostar dele, mesmo sendo um assunto considerado clichê, mostra como é fácil entrar no mundo das drogas, e como é quase impossível sair.

Esse é só um, mas há tantos outros livros *-* Há quem goste de Machado de Assis, Shakespeare e outros autores, que possuem livros caros, mas uma editora (Martin Claret) traz esses livros a um preço acessível. Por menos de R$20,00 você pode ler um bom livro, que a propósito, essa editora traz livros de leitura praticamente obrigatória para quem vai prestar vestibular, principalmente história e filosofia.

Embora o preço de alguns livros seja realmente absurdo, sempre há outros meios. Seja pegar emprestado, e até mesmo ir à um Sebo, onde os preços de alguns livros ficam consideravelmente baixos. E não é só porque trata-se de um lugar onde o preço é menor, que a mercadoria não presta. Muito pelo contrário, se está à venda, o dono anterior cuidou muito bem, e precisava passar a frente para adquirir novos.

Ler é bom. Não se pode usar preço como desculpa, embora, em minha opinião, seja um ponto que dificulta o acesso de muitas pessoas aos livros. Mas não torna impossível. Então vamos tomar vergonha na cara, e ler. Um jornal, um mangá, um filme legendado, uma bula de remédio. Qualquer coisa. Mas vamos aprender a interpretar e dissertar bem. Porque o problema não são as pessoas burras: são as que têm preguiça de aprender.

AHHH' e nem vou comprar o livro que me interessa, mas se alguém quiser me emprestar "O Homem de Gelo - Confissões de um Matador da Máfia", eu aceito :D

Uma amiga de escola me enviou um vídeo que eu particularmente achei muito interessante. Uma discussão muito boa sobre os jovens e a literatura. Está dividido em dois vídeos. Boa Diversão :D

 

Parte 2:
 PS:. Tive uma aula sobre coesão e coerência, mas de nada adiantou --' ADORO repetir palavras --'

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Segredo de Uma Promessa - Danielle Steel



"Michael Hillyard e Nancy Mcallister são jovens,exuberantes e unidos por um amor profundo. Ele é o unico herdeiro de uma das maiores firmas de arquitetura dos Estados Unidos. Ela é de familia pobre,criada num orfanato, e vive da arte. Desejam se casar,mas a mãe dele,uma viúva que dirige com mão-de-ferro o império deixado pelo marido,é contra. Michael insiste em tornar Nancy sua esposa. Mas o destino é cruel e implacável,e na noite da cerimônia o imprevisto acontece.Os anos passam,os dois seguem rumos diferentes,vivem em mundos separados,tornam-se desconhecidos um para o outro.Mas o simbolo de um vínculo eterno jamais foi esquecido."

Não sei como ser 'imparcial' ao comentar sobre esse livro. Eu o encontrei em um ponto de ônibus na frente de minha casa, muito bem conservado, embora datasse de 1994. Eu tinha 11 anos, e não tinha interesse pela leitura.

Em um momento de tédio, resolvi ler a primeira página. Eu cheguei ao décimo capítulo em um único dia, e lamentei ter que largar o livro.

Os personagens me cativaram bastante. Na sinopse não cita o melhor amigo de Michael, Ben Avery, e nunca gostei tanto de um bêbado como gostei dele *-*

Um romance dramático envolvente, no qual você perde a esperança de que fiquem juntos, mas reviravoltas faz com que você acredite que os protagonistas possam ter um final feliz.

Mostra como você tem que ser forte e maduro para lidar com as reviravoltas da vida. A dualidade entre seguir em frente ou continuar acreditando no passado. E que afinal, temos que mudar. Sempre iremos ansiar por mudanças, mas uma voz diferente, um rosto novo não pode esconder a essência que difere cada ser humano. Há coisas que permanecem, mesmo cuidadosamente camufladas.

Chorei MUITO. Tive a oportunidade de lê-lo três vezes, e em todas me emocionei, como se fosse a primeira.

Após a Marion Hillyard fazer uma tentadora proposta à Nancy, que obviamente aceita, o destino de ambos já não é apenas um. Michael torna-se um workaholic, e Nancy tenta juntar todos os pedaços de sua vida anterior e camuflar com uma nova voz, um novo rosto e até mesmo um novo nome. A tela e os pincéis são substituídos por uma câmera fotográfica, e ao invés de criar um mundo para si, terá que se adequar à realidade. Mary Adamson ficará frente a frente com o passado de Nancy, tentando reprimi-la. Seria ela tão forte para prender Nancy e ignorar Michael?

Uma leitura inesquecível *-* Dentro do gênero de Drama, com certeza, uma de minhas autoras preferidas *-*

sábado, 2 de outubro de 2010

Devir - "Não se pode entrar no mesmo rio duas vezes"

"Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim." - Martha Medeiros.

Tenho vários rascunhos para o blog, mas antes de postá-lo, pensei em colocar aqui uma apresentação 'mais simpática', opondo-se à objetividade do meu perfil -Q

Claro, é um pouco mais difícil tentar me apresentar, até porque sou inconstante. Nunca sei o que penso ou quem sou, nem mesmo tenho em mente aquilo que quero me tornar, embora esteja sempre especulando sobre este último item.

A única coisa que não é inconstante em mim é meu gosto pela leitura e pela música. O gosto pelo ato em si, e não pelo gênero, pois este também é mutável.

Pretendo ser médica-legista, mas estou sempre pensando se é isso mesmo que eu quero. Dança e Psicologia também insistem em me deixar na dúvida, mas confesso que prefiro algo que me dê uma garantia de independência e estabilidade econômica.

Sempre reclamo que não tenho tempo para dedicar aos filmes, seriados e animes que acumulam no meu computador, mas quando tenho tempo livre, fico autistando no computador, pensando por onde começar, o que é uma perda de tempo. Ou talvez eu não deva dizer isso, pois estou vendo letras de algumas músicas, prestando atenção em alguma canção ou até mesmo tentando escrever um fanfiction.

Vivo dizendo que odeio isso ou aquilo, mas na real? Acho que nada me desperta o ódio como o preconceito. Talvez essa seja a única coisa que eu odeie de verdade, embora eu não possa dizer que não o tenha. Quem diz isso está mentindo. E detesto mentiras. Ainda mais quando elas machucam os outros.

Muitas vezes prefiro guardar minha opinião do que expor. Claro, seria muito chato se todos tivessem a mesma opinião ou o mesmo gosto, mas acho que algumas coisas devem ser respeitadas, e nem todos têm maturidade para aceitar a opinião do outro. Como Nietzsche disse:  “Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.

Enfim, sou aquela garota bipolar, contraditória, que ama isso e não aprova aquilo. Está com a mente além do padrão imposto por uma sociedade hipócrita, embora se encaixe nesta. Quer liberdade, mas tem medo de um mundo tão imenso e cheio de perigos. Desligada, expondo uma indiferença inexistente. Amiga, sim. Tenho poucos, mas os melhores, e por mais clichê que possa parecer é a mais pura verdade. Metida, arrogante e feia? Só quem convive comigo ou conversa comigo pode julgar. E já cansei de ouvir isso sem nem saber quem é o autor de tais palavras.

Machucar, machuca. Mas cansei de me importar com algo que provavelmente não irá mudar nunca. Não consigo ser falsa ou superficial.

E na boa, cansei de encher linguiça aqui '-' Vou deixar só algumas contas em vários lugares, que pode ser que alguém pense em dar uma olhada:

E uma pergunta que provavelmente alguém fará: Por que Bloodstained Alice?
Bloodstained é referência a uma personagem do anime Pandora Hearts, que por acaso também se chama Alice, mas "Alice" é um nome que sempre achei bonito.


PS:. Acabei fugindo totalmente do título, mas e daí? É uma citação interessante u_ú