sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mais Um Ano Que Vem

Bom, ultimamente me deu uma vontade de escrever... Não comentar sobre livros, seriados ou animes, mas falar sobre a vida, sobre o tempo, sobre a realidade e os sonhos. Sobre tudo aquilo que preenche os 365 ou 366 dias de um ano.

E eu que pensei que não aproveitei meus dias esse ano... Um dos pensamentos mais idiotas que passou pela minha mente, pois eu aproveitei MUITO.

Estudei muito, passei boa parte do ano estressada, correndo para ficar mais inteligente, preocupada com o vestibular... Eu realmente pensei que só fiz isso durante um ano inteiro!
Mas é óbvio que não foi! Afinal, eu mudei. Melhorei em alguns aspectos e não evoluí tanto em outros... Algumas inseguranças persistem em me incomodar e, meu senso autocrítico ficou mais afiado. Mas estou mais responsável, mais madura... Mudanças insignificantes para quem vê, mas grandes para quem conviveu comigo.

Descobri que não sou tão forte para bebidas quanto pensava, que a menor quantidade de álcool pode me tirar do torpor das gargalhadas escandalosas e me lançar direto para o choro desolador.

Escorreguei em calçadas e escadas. Cheguei em casa com a meia fina rasgada. Já recebi ligações no meio da madrugada, ouvindo alguém chamar o Itachi de tuberculoso e cantar “three” (da Britney Spears). Não dormi com medo dos homens que arrumam os fios dos postes. Já acordei pensando que tinha dormido com alguém por causa da música do despertador... Como posso dizer que não me diverti se estas situações me despertam gargalhadas até hoje quando são relembradas com as pessoas que estiveram comigo nesses dias?

A coragem para mudar (mesmo que seja só o cabelo ;P), os shows que perdi, a ansiedade para completar dezesseis anos (e merda nenhuma mudou –‘), filmes de terror, livros com conteúdos indecentes, ASSUNTOS indecentes durante as aulas, discussões...

Apaixonei-me, tentei evitar o sentimento, conversei com quem eu gosto como se fôssemos apenas velhos amigos... Já me surpreendi com o quanto a vida é cheia de surpresas.
Posso colocar vários momentos aqui. Mas não todos. Citei apenas alguns dos bons momentos, mas não posso me esquecer das decepções, das inseguranças e do medo...

Lembro dos planos feitos em 2009 para que eu pudesse aproveitar bem o ano de 2010. E agora, quero aproveitar muito bem o ano que vai entrar. Algumas coisas eu posso planejar, mas os melhores momentos ocorrem naturalmente. Não depende da cor da roupa ou da roupa íntima, ou dos caroços de uva para fazer um pedido, ou pular as sete ondas... Depende só de você. Não acreditar, mas correr atrás.

Bom, não estou usando branco (aliás, estou trajando preto), não tenho uvas (acabei com todas elas algumas horas atrás) e tampouco há uma praia aqui por perto. Provavelmente estarei em caso, no meu quarto, em minha cama, com os cadernos que prometi abrir apenas em 2011, escrevendo as frases de livros, filmes e músicas. Se eu tiver que fazer um pedido, farei entre meus livros e rascunhos: Quero só força. Força para correr atrás de tudo que eu almejo e para superar o meu orgulho. Força para que eu seja um pouco mais otimista. Força para prestar atenção nas aulas de matemática e física. E força para ser um pouco mais paciente.

Bom, um mega post que provavelmente ninguém irá ler, mas de qualquer forma: Feliz Ano Novo. E ao invés de desejar o convencional (saúde, paz, amor, prosperidade e blábláblá), desejo o que eu também quero: Força.
E que venha 2011 lol


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sorte de Hoje: “Paus e pedras podem te ferir, mas palavras nunca vão te machucar”


Bom, essa foi a “Sorte de Hoje” que encontrei ao entrar em meu Orkut. Creio que várias “Sorte de Hoje”  são enviadas aleatoriamente, mas pela primeira vez recebi uma em tom irônico (ou não). 

"...Palavras nunca vão te machucar": para alguém afirmar isso, nunca levou um fora, recebeu um "não", nunca ouviu alguém falar como o seu cabelo ou a sua roupa estão fora de moda, que aquela pessoa nunca vai te olhar porque você não faz parte do padrão de beleza proposto, que você é um drogado, uma puta, que não faz nada certo, que você já não é bom o suficiente e pode ser facilmente substituído... Nunca deve ter ouvido uma crítica, seja construtiva ou não.

Certa vez, li que “a caneta é mais forte que a espada, pois as palavras também podem cortar”, e concordei imediatamente com essa frase. 

Não há algo tão perigoso quanto as palavras. Trata-se de um grande labirinto, onde as mais belas te atraem e te jogam diretamente na mais perigosa armadilha. As palavras proporcionam e completam bons momentos, mas também podem destrui-los. Não só momentos, mas pessoas. Quando ditas em excesso, ou simplesmente não ditas, podem machucar mais do que qualquer arma empunhada pelas mãos humanas. E acredite, em situações como essas, elas são desumanas.

Mas também curam. Fazem companhia. Estão sempre ali, preenchendo um vazio: seja de uma página ou de uma vida. Quando estou sozinha, vou distribuindo-as pela folha de caderno, ou lendo-as em algum livro. E lá vou eu: preenchendo todas as lacunas sociais com as palavras.

Talvez esse seja o segredo: amá-las. Quanto mais você se entrega, mais recebe. Não há injustiça nem desproporcionalidade com as palavras. Em algum momento elas se tornarão insuficientes, é verdade, mas nunca inúteis. Afinal, a vida não depende só das palavras: o barulho do silêncio, a chuva no pavimento e as batidas de um coração... Pode existir uma onomatopéia para tudo isso, mas os lábios do ser humano não são capazes de proferir sons tão belos.

As palavras têm vida, por este motivo não estão isentas da imperfeição.
Assim como eu, como você... Mas temos algo em comum: precisamos ser amados para que alguém veja o melhor de nós. 

Bloodstained Alice

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As Brumas De Avalon - Marion Zimmer Bradley

 
"We read of tales of treason
A soldiers legacy
Blood beneath the crimson sky
Fighting without reason
But the crime of loyalty
A tattered flag left to fly" 
 Blackmore's Night - Avalon

"A Senhora Da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore são os quatro volumes que compõem As Brumas De Avalon - A grande obra de Marion Zimmer Bradley -, que reconta a lenda do Rei Artur através da perspectiva de suas heroínas.
Guinevere se casou com Artur por determinação do pai, mas era apaixonada por Lancelote (primo e melhor amigo de Artur). Ela não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias consequências políticas para o reino de Camelot. Sua dedicação ao cristianismo acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob influência dos padres cristãos, apesar de seu juramento de respeitar a velha religião de Avalon.
Além da mãe de Artur - Igraine - e de Viviane - a Senhora do Lago, grande sacerdotisa de Avalon - uma outra mulher é fundamental na trama: Morgana, irmã de Artur.
Ela é vibrante, ardente em seus amores e em suas fidelidades, e polariza a história com Guinevere, constituindo-se em sua grande rival.
Trata-se, acima de tudo, da história do conflito entre o cristianismo, representado por Guinevere, e do paganismo, representado por Morgana. Ao acompanhar a evolução da história de Guinevere e Morgana, assim como dos numerosos personagens que as cercam, acompanhamos também o destino das terras que mais tarde seriam conhecidas como Grã-Bretanha."

Sou suspeita pra falar sobre os livros, já que desde meu 9 anos de idade era fascinada pela história do Rei Artur, embora não conhecesse profundamente.
O livro apresenta a lenda arturiana sob a perspectiva feminina, o que tornou a leitura bem mais fácil para mim, embora eu só tenha terminado de ler todos os livros após três meses.
Claro, ao longo de quatro livros, amei e detestei vários personagens, mas a única que manteve a minha simpatia durante a trama inteira foi Morgana.

Demorei muito para ler os livros, não porque a história é chata, mas porque comecei um pouco antes de ficar de férias, então eu tinha muitas provas. Eu estava esgotada para leitura nas férias, então só li mesmo durante as aulas e o intervalo '-'

Quando parei de ler nas férias e fui retomar a leitura, já nem lembrava mais quem era quem, por isso recomendo que leiam o livro direto. São muitos personagens, com nomes parecidos, ou até mesmo dois nomes, que depois de um tempo já não sabe quem é quem -Q

Mas é o tipo de livro com uma trama envolvente, e para quem gosta de Idade Média e das Lendas Arturianas, consegue ler os quatro em um único fôlego *-* Faz um bom tempo que esse rascunho está aqui, mas não sei mais o que comentar destruir a magia (literalmente) da leitura.

Mas eu estou com falta da história e de seus personagens. Tenho tantos livros para ler, mas poucos estão no cenário medieval. Por enquanto, contento-me com música, como Blackmore's Night. Por enquanto u_ú



Bom, deixarei logo abaixo os links para Download de dois filmes baseados na lenda arturiana. Um deles, é adaptação de As Brumas de Avalon.

domingo, 21 de novembro de 2010

A Menina Que Roubava Livros - Markus Zusak

"Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler."
Já faz um tempo que li o livro, mas ontem terminei um livro cuja história se passa na Polônia sob o controle alemão. Eu poderia falar sobre ele, e provavelmente falarei, pois também fiquei muito sensibilizada com a história, destacando o fato de que é verídica.

Mas voltando a atenção para a história de Markus Zusak, creio que este foi um dos melhores livros que tive a oportunidade de ler (e olha que não foram poucos :O).

Uma linguagem corrente, com alguns vocábulos em alemão que não atrapalham a compreensão do livro. Além da narração, a Morte interrompe várias vezes, para fazer uma observação.

Não é um daqueles livros em que você fica desesperada procurando spoiler (para quem gosta de spoilers, como eu *-*). As notas da Morte geralmente contam algo que ainda não aconteceu, e ao invés de fazer você desanimar por já saber o que acontece, atiça mais a sua curiosidade para saber COMO acontece.

Uma das estórias mais cativantes que tive o prazer de ler. Os personagens muito bem traçados e que ficarão marcados em minha memória.

Rudy, Liesel, Rosa e Hans Hubermann, Max... A Rua Himmel... Só de lembrar, dá até vontade de voltar a lê-lo *-*
 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Doce Veneno do Escorpião - O Diário de Uma Garota de Programa - Bruna Surfistinha


Peguei o livro emprestado com a filha de minha cabeleireira. Na verdade, ela está começando a se interessar por leitura agora, e então resolvemos fazer uma troca de livros, e uma coisa que eu não faço, é negar o empréstimo de um livro. 

Eu não tinha palavras para negar, afinal, tenho um sério problema para lidar com as idéias de uma ‘prostituta’. Ainda mais da Bruna Surfistinha, que em minha opinião, acabou com uma família. Problemas conjugais ou não, isso não justifica o fato de uma mulher sair com um homem casado, embora nesses casos o homem é quem vai atrás do ‘serviço’.

Digamos que de certo modo, o livro me agradou. Mudou um pouco a minha opinião sobre jogar a culpa em uma mulher que se dedica à ‘vida fácil’, pois não haveriam tantas se não houvesse clientela, não é mesmo?

AHHHH' acho que uma das coisas que me desagradou no livro foi o vocabulário. Mas considerando o conteúdo, não haveria muitos substituições mais 'formais'...

O livro é dividido em três partes:

Raquel, A Menina; Bruna, A Mulher

Nessa parte, Bruna descreve a sua adolescência, quando ainda era Raquel, ou seja, antes de fazer programas. Frequentava festas, e mesmo ‘gordinha’, como ela mesma se descreve, chamava atenção. Após seu primeiro beijo, quando ficava com garotos nas festas, aliciava-os, mesmo inexperiente, já provocava os garotos sexualmente.
Passando por uma fase de bulimia e uma admiração por dinheiro, começou a ter problemas familiares. Estes por fim resultaram em sua decisão de fugir de casa.
Com apenas seis relações sexuais na bagagem, e 17 anos, entra no mundo do sexo. A Raquel agora se torna Bruna, e mais para frente, em um dos seus programas, adquire 'Surfistinha'

Diário de Uma Garota de Programa

Eis a Bruna. Nessa parte ela fala sobre a vida profissional, embora haja um pouco da parte pessoal, pois ela explica sobre amigos, namorados e relacionamentos fora dos programas. Estatísticas sobre os homens que a procuram e também algumas classificações do "tipo" deles!
Essa parte não me surpreendeu tanto quanto a "Raquel". Aqui ela é mesmo uma garota de programa, então é compreensível algumas fantasias sexuais que ela realiza. Algumas são um tanto absurdas, mas quem sou eu para falar, né? G_G
Uma parte que me surpreendeu bastante foi uma pequena estatística feita por ela: 70% dos homens que a procuram são homens casados, 20% solteiros e 10% em algum tipo de compromisso!
Já não sou muito otimista em relacionamentos, depois de saber disso então...

O Diário Proibido de Bruna Surfistinha

Hesitei um pouco antes de ler essa parte. A Palavra "proibido" já me deu uma breve introdução do que viria pela frente, e não me enganei.

As páginas são pretas, mais um breve aviso que eu não tinha lido nada que fosse me surpreender tanto quanto essas últimas páginas.

Programas um pouco mais ousados, e ainda mais: uma pequena aula de "sexo"!
Eu fiquei CHOCADA com algumas coisas. Mas se está na chuva, é para se molhar, certo? (frase muito usada pela Bruna, diga-se de passagem)

A pergunta que eu fiz a todo mundo que falei sobre o livro: Você sabe o que é chuva negra?
Bom, se você não sabe, vou explicar chuva dourada: xixi durante o sexo. Será que ainda preciso responder o questionamento que fiz, ou já está bem claro o que é chuva negra? u_ú
(é totz, tá? G_G)

Bom, falar mais do que isso, acaba com toda a graça do livro. Mas não vale a pena julgar pela autora, acredite. Embora não seja um dos melhores no quesito vocabulário, achei a temática interessante, uma realidade de sexo, traição e prazer.

Estranho falar sobre esse livro G_G

"Choramos ao nascer porque chegamos a esse cenário de dementes" - Willian Shakespeare



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Passado, Lembranças e Tempo...

“Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela." - Carlos Drummond de Andrade

Alguns dias atrás eu estava cansada de ler, estudar ou copiar os trechos de músicas e livros para um novo caderno. Mas aproveitando-se da caneta em mãos e a folha em branco, comecei a escrever. Nos primeiros momentos, tentando colocar palavras bonitas no papel, risquei cada palavra que escrevia. Virei a página e usei outra folha em branco. Em questão de minutos as palavras foram preenchendo a folha uma a uma, até eu usar a folha inteira. Não foram palavras bonitas, mas fluíram tão naturalmente que não pude rasgar a folha. Claro, após escrever, eu fui fazendo uma correção, o que resultou em uma versão bem menor do que a original.

“Em algum momento, nós paramos para avaliar a nossa vida. Cada passo dado até o presente, avaliando a conseqüência de nossas escolhas.

Há aquele desejo de reviver um momento ou que o mundo parasse para que ficássemos presos na perfeição daquele espaço de tempo, com aquele alguém que perdemos, mas que nos fez tão bem.

Mas não temos o controle de voltar ou congelar o tempo. O mundo é cruel demais para que um poder como esse seja colocado em nossas mãos. Ficaríamos limitados a algo do passado, tentando consertar os erros ou simplesmente não sair daquele lugar seguro, sabendo exatamente como as coisas ficarão sob controle. Não cresceríamos, não iríamos amadurecer ou ter vontade de seguir em frente.

Não nos damos conta que outros momentos perfeitos surgirão. Tão perfeitos, que podem se comparar ou superar aquele ao qual nos prendemos. Ficar cativo ao passado é opcional, afinal, até encontrar outro bom momento, estaremos sujeitos à perdas e desilusões.
Mas e aquele alguém que perdemos? Não seria egoísmo prendê-lo conosco se ele estiver bem agora? Ele pode querer estar com outra pessoa e não conosco.”


Meus momentos de ócio não são tão inúteis assim, afinal.
Resolvi postar pelo menos isso, já que não sei quando vou continuar os rascunhos do blog ‘-‘

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Leitura: questão de gosto ou condição social?

Eu estive pensando sobre leitura. Todos condenam veementemente a tecnologia, e defendem o hábito da leitura nos adolescentes.

Não estou dizendo que os adolescentes podem usufruir como bem entendem da internet, mas de certa forma, é bem mais atraente do que um livro.
Esses dias eu estava pesquisando um livro para ler, e encontrei. Mas não o comprei. Por quê?
O PREÇO.

Gosto de ler, mas creio que alguns livros são muito caros para que todos tenham acesso. A culpa não é apenas do brasileiro, os preços de alguns livros colaboram para tanto desinteresse na leitura.

Livros de autores como Stephen King, Anne Rice, Nora Roberts e outros autores que não me recordo agora, são caros para serem adquiridos regularmente.
Custam a partir de R$40,00, e alguns pais, como os meus, não entendem como um monte de folhas valem tanto.

Diferentemente do que muitos imaginam, meus pais ao invés de me estimular para a leitura, querem que eu pare de ler. Estranho, não? Mas é assim que são as coisas por aqui. O dinheiro que eu ganho por mês, a maior parte se vai com livros. E meus pais acham isso ruim. Às vezes não entendo o que os adultos esperam de nós '-'

Voltando a discussão: Antes que alguém possa ler algo 'inteligente', a pessoa tem que ter o hábito da leitura. às vezes, esse 'algo inteligente' que eu digo, é aquela leitura obrigatória, porém chata '-'

Para ter o hábito da leitura, e interpretar até mesmo aquele livro chato, é necessário você GOSTAR de ler. Só se adquire esse gosto se algo o estimula. E nada como um bom livro, não?

E se os livros bons são caros? A culpa é nossa, ou também do Governo, que não disponibiliza todos os gêneros de livros nas bibliotecas? Em algumas cidades biblioteca é algo inexistente.

Então, porque reclamar quando o computador se torna cada vez mais essencial, se é mais barato passar uma hora na lan house do que comprar um livro?

Adoro ler, mas tenho que admitir: não é porque ninguém se interessa, mas porque ler custa caro.

claro, mas não se pode jogar toda a culpa no preço, não? Há livros bons de preço baixo. No meu município, minha irmã ganhou dois livros, que por incrível que pareça, são bons. Embora sejam livros de infanto-juvenil, alguns são muito bons. Um exemplo desse tipo de livro é Vida de Droga. Li quando estava na 7ª série, e ainda consigo gostar dele, mesmo sendo um assunto considerado clichê, mostra como é fácil entrar no mundo das drogas, e como é quase impossível sair.

Esse é só um, mas há tantos outros livros *-* Há quem goste de Machado de Assis, Shakespeare e outros autores, que possuem livros caros, mas uma editora (Martin Claret) traz esses livros a um preço acessível. Por menos de R$20,00 você pode ler um bom livro, que a propósito, essa editora traz livros de leitura praticamente obrigatória para quem vai prestar vestibular, principalmente história e filosofia.

Embora o preço de alguns livros seja realmente absurdo, sempre há outros meios. Seja pegar emprestado, e até mesmo ir à um Sebo, onde os preços de alguns livros ficam consideravelmente baixos. E não é só porque trata-se de um lugar onde o preço é menor, que a mercadoria não presta. Muito pelo contrário, se está à venda, o dono anterior cuidou muito bem, e precisava passar a frente para adquirir novos.

Ler é bom. Não se pode usar preço como desculpa, embora, em minha opinião, seja um ponto que dificulta o acesso de muitas pessoas aos livros. Mas não torna impossível. Então vamos tomar vergonha na cara, e ler. Um jornal, um mangá, um filme legendado, uma bula de remédio. Qualquer coisa. Mas vamos aprender a interpretar e dissertar bem. Porque o problema não são as pessoas burras: são as que têm preguiça de aprender.

AHHH' e nem vou comprar o livro que me interessa, mas se alguém quiser me emprestar "O Homem de Gelo - Confissões de um Matador da Máfia", eu aceito :D

Uma amiga de escola me enviou um vídeo que eu particularmente achei muito interessante. Uma discussão muito boa sobre os jovens e a literatura. Está dividido em dois vídeos. Boa Diversão :D

 

Parte 2:
 PS:. Tive uma aula sobre coesão e coerência, mas de nada adiantou --' ADORO repetir palavras --'

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Segredo de Uma Promessa - Danielle Steel



"Michael Hillyard e Nancy Mcallister são jovens,exuberantes e unidos por um amor profundo. Ele é o unico herdeiro de uma das maiores firmas de arquitetura dos Estados Unidos. Ela é de familia pobre,criada num orfanato, e vive da arte. Desejam se casar,mas a mãe dele,uma viúva que dirige com mão-de-ferro o império deixado pelo marido,é contra. Michael insiste em tornar Nancy sua esposa. Mas o destino é cruel e implacável,e na noite da cerimônia o imprevisto acontece.Os anos passam,os dois seguem rumos diferentes,vivem em mundos separados,tornam-se desconhecidos um para o outro.Mas o simbolo de um vínculo eterno jamais foi esquecido."

Não sei como ser 'imparcial' ao comentar sobre esse livro. Eu o encontrei em um ponto de ônibus na frente de minha casa, muito bem conservado, embora datasse de 1994. Eu tinha 11 anos, e não tinha interesse pela leitura.

Em um momento de tédio, resolvi ler a primeira página. Eu cheguei ao décimo capítulo em um único dia, e lamentei ter que largar o livro.

Os personagens me cativaram bastante. Na sinopse não cita o melhor amigo de Michael, Ben Avery, e nunca gostei tanto de um bêbado como gostei dele *-*

Um romance dramático envolvente, no qual você perde a esperança de que fiquem juntos, mas reviravoltas faz com que você acredite que os protagonistas possam ter um final feliz.

Mostra como você tem que ser forte e maduro para lidar com as reviravoltas da vida. A dualidade entre seguir em frente ou continuar acreditando no passado. E que afinal, temos que mudar. Sempre iremos ansiar por mudanças, mas uma voz diferente, um rosto novo não pode esconder a essência que difere cada ser humano. Há coisas que permanecem, mesmo cuidadosamente camufladas.

Chorei MUITO. Tive a oportunidade de lê-lo três vezes, e em todas me emocionei, como se fosse a primeira.

Após a Marion Hillyard fazer uma tentadora proposta à Nancy, que obviamente aceita, o destino de ambos já não é apenas um. Michael torna-se um workaholic, e Nancy tenta juntar todos os pedaços de sua vida anterior e camuflar com uma nova voz, um novo rosto e até mesmo um novo nome. A tela e os pincéis são substituídos por uma câmera fotográfica, e ao invés de criar um mundo para si, terá que se adequar à realidade. Mary Adamson ficará frente a frente com o passado de Nancy, tentando reprimi-la. Seria ela tão forte para prender Nancy e ignorar Michael?

Uma leitura inesquecível *-* Dentro do gênero de Drama, com certeza, uma de minhas autoras preferidas *-*

sábado, 2 de outubro de 2010

Devir - "Não se pode entrar no mesmo rio duas vezes"

"Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim." - Martha Medeiros.

Tenho vários rascunhos para o blog, mas antes de postá-lo, pensei em colocar aqui uma apresentação 'mais simpática', opondo-se à objetividade do meu perfil -Q

Claro, é um pouco mais difícil tentar me apresentar, até porque sou inconstante. Nunca sei o que penso ou quem sou, nem mesmo tenho em mente aquilo que quero me tornar, embora esteja sempre especulando sobre este último item.

A única coisa que não é inconstante em mim é meu gosto pela leitura e pela música. O gosto pelo ato em si, e não pelo gênero, pois este também é mutável.

Pretendo ser médica-legista, mas estou sempre pensando se é isso mesmo que eu quero. Dança e Psicologia também insistem em me deixar na dúvida, mas confesso que prefiro algo que me dê uma garantia de independência e estabilidade econômica.

Sempre reclamo que não tenho tempo para dedicar aos filmes, seriados e animes que acumulam no meu computador, mas quando tenho tempo livre, fico autistando no computador, pensando por onde começar, o que é uma perda de tempo. Ou talvez eu não deva dizer isso, pois estou vendo letras de algumas músicas, prestando atenção em alguma canção ou até mesmo tentando escrever um fanfiction.

Vivo dizendo que odeio isso ou aquilo, mas na real? Acho que nada me desperta o ódio como o preconceito. Talvez essa seja a única coisa que eu odeie de verdade, embora eu não possa dizer que não o tenha. Quem diz isso está mentindo. E detesto mentiras. Ainda mais quando elas machucam os outros.

Muitas vezes prefiro guardar minha opinião do que expor. Claro, seria muito chato se todos tivessem a mesma opinião ou o mesmo gosto, mas acho que algumas coisas devem ser respeitadas, e nem todos têm maturidade para aceitar a opinião do outro. Como Nietzsche disse:  “Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.

Enfim, sou aquela garota bipolar, contraditória, que ama isso e não aprova aquilo. Está com a mente além do padrão imposto por uma sociedade hipócrita, embora se encaixe nesta. Quer liberdade, mas tem medo de um mundo tão imenso e cheio de perigos. Desligada, expondo uma indiferença inexistente. Amiga, sim. Tenho poucos, mas os melhores, e por mais clichê que possa parecer é a mais pura verdade. Metida, arrogante e feia? Só quem convive comigo ou conversa comigo pode julgar. E já cansei de ouvir isso sem nem saber quem é o autor de tais palavras.

Machucar, machuca. Mas cansei de me importar com algo que provavelmente não irá mudar nunca. Não consigo ser falsa ou superficial.

E na boa, cansei de encher linguiça aqui '-' Vou deixar só algumas contas em vários lugares, que pode ser que alguém pense em dar uma olhada:

E uma pergunta que provavelmente alguém fará: Por que Bloodstained Alice?
Bloodstained é referência a uma personagem do anime Pandora Hearts, que por acaso também se chama Alice, mas "Alice" é um nome que sempre achei bonito.


PS:. Acabei fugindo totalmente do título, mas e daí? É uma citação interessante u_ú